Odiosa primavera de espinhos
E flores sem pétalas
Com sangue em dedos de pele fina
Cruel verão com sol sem luz,
Com raios ardentes em um olhar
Que friccionam no oriente de estúpidas causas
Outono de grande farsa em frutos
De beleza exterior
E mordidas amargas
Inverno de poucas cobertas
Em meio a tantos abrigos,
Solidão com travesseiros
Frio que não se alivia.
03/09/08
Quem espera ler poemas tão tristes de pessoas tão alegres? O fato ocorrido para o acontecimento desses versos, foi um momento delicado e depressivo, onde noites eram trêmulas por fatores inexplicáveis, quando era bastante complexo definir algo. Então... desejo afirmar que “às vezes” passamos por complicações surgidas e fortalecidas sobre a fragilidade que nos domina. Sendo frágil em sentimentalismo, estava eu mais uma vez escrevendo, em uma ocasião que a esperança não era considerada quase imortal, não podia nem pensar em alguns BONS conselhos, “calma, isso vai passar”, pois no fundo do meu interior, pensar assim doía ainda mais, tudo era maior que eu, escravo da agonia. Creio que muitos se surpreendem quando notam a riqueza poética sobressaindo dessas tentativas de expressão, quando avaliam que o rapaz descontraído , é o mesmo triste autor deste deprimido poema, mas garanto que hoje a versão é mais aliviada, pois um raio de sol é mais belo quando repousa no leito do meu olhar futurista.
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